20110516

O Marão é mais amigo que o Alvão - FDS de 300km

Só para a coisa ficar "eternizada", arranjei um tempinho para partilhar o meu Sábado sobre duas rodas... e algumas fotos!
Para não repetir muito estradas já pisadas, desloquei-me de carro até ao Marco de Canaveses, estacionei junto à estação, e lancei-me à aventura...

Tinha apontado a dica para me aproximar de Amarante pela EN101-5, no entanto, um engano levou-me pela CM1251 e 1220 a descer até ao Rio Ovelha e a subir até à EN sempre num empedrado incrivelmente irregular, a ponto de quase hipotecar aqui toda a volta...um pedaço de estrada a evitar! A localidade Várzea da Ovelha e Aliviada vai ficar na história desta volta!!
Retomado o alcatrão, olhei para o gps e quase desanimava: velocidade média – 15km/h!!! Sem entrar em loucuras, fui acertando o ritmo e “rapidamente” passei por Amarante, Celorico e cheguei a Mondim de Basto... Até aqui sem grande história, a não ser o facto de o gps se ter desligado por duas vezes... Isto estava a correr bem!
Depois de Mondim começaram as grandes dificuldades, sempre com a ‘benção’ da Srª da Graça. Acho que devo ter andado uns 30km, quase sempre a subir, com esta senhora a olhar para mim!

Até entrar no Parque Natural do Alvão, passei por algumas aldeias onde, para além do cantar dos grilos que me tinha acompanhado desde cedo, ouvia-se agora o chilrear dos pássaros e as campainhas dos rebanhos espalhados pelos montes... Os cheiros eram ora naturais, ora químicos... mas sempre com um denominador comum, um cheiro desagradável a m++++! Era dia de fertilizar as terras, fresar, semear e colher... a labuta rural animava a pacatez destes montes... Vilar de Ferreiros,  Fundo de Vila, Vilarinho, Cabaninhas e Bilhó. Até aqui, maioritariamente a subir, o calor começava a ‘fazer estragos’ e já consegui vislumbrar o Marão!

Parei em Bilhó num pequeno café, daqueles com mercearia, talho, adega e drogaria...!! À sombra, a olhar para a estrada que se inclinava ainda mais a partir daqui, pedi: um pãozinho misto, uns pistachios e uma cervejinha preta! O “tempo parou” e fiquei ali um bom bocado na esplanada a apreciar a sombra e os três carros que entretanto passaram!

De pé e devagar retomei a estrada  que começava a ficar cada vez mais branca (o famoso alcatrão branco), entrava agora definitivamente no parque Natural do Alvão, foi a parte mais difícil e desgastante: 10km com um acumulado de 600m+, média de inclinação 6% e rampas de 16%, parecia a subida do Etna!!! Tinha algumas partes de descanso, onde dava para olhar o horizonte e tirar umas fotos!

Finalmente Lamas de Olo! 

Parei no café da Aldeia onde fui atendido por uma simpática senhora que aparentava uns 80 anos. Nasceu e viveu ali toda a vida e diz que passam ali muitas criaturas como eu, mas com umas bicicletas diferentes e com uns sacos as costas, btt por certo!! Entretanto, enquanto me abastecia, a senhora lá continuou a ‘cuidar’ do cavalo que pastava junto a um espigueiro do outro lado da rua. 

Ao sair da aldeia encontro um outro animal com um ar simpático que se aproximou da beira da estrada como que a desejar-me boa viagem! Parei e ele aprontou-se para a foto.... interroguei-me: e se eu trocasse de montada?!?


Chegado ao topo do Alvão, avistei o meu próximo destino – Marão. 

Uma descida rápida e em poucos minutos estava no centro de Vila Real onde perdi algum tempo para encontrar a N2 que me levaria à N15! Entretanto recebo uma chamada encorajadora... obrigadinho Zé!
A subida do Marão por Vila Real é bem mais soft que por Amarante, no entanto não deixa de ser longa e, por esta altura, muito massacrada pelas obras da nova auto-estrada, pelo menos até ao túnel. Desde o acesso à saída do tunel do Marão até ao alto de Espinho, é muito agradável de se fazer... Uma coisa evidente é o abandono daqueles edifícios (antigos restaurantes e ‘casas de pasto’) que tinham grande movimento antes da abertura do IP4.

Já no alto de Espinho, abasteci e arrefeci naquela fonte de água fresquinha e lancei um olhar sobre a magnífica descida... e lá vou eu!!

De Amarante até ao Marco, hora de descomprimir, alongar e dar por cumprida a “missão”, não sem antes me encontrar pessoalmente com a própria Ovelha, na localidade de Várzea da Ovelha e Aliviada... agora quem ía aliviado era eu!!

Cheguei ao carro, estacionado ao sol (marcava uma temperatura de 32º), uma aguinha fresca, estabilizar a temperatura... e regresso!

Em resumo:
Um fim de semana produtivo por estes lados... 300km!
Sexta 65km leves...e, depois da grande volta no Sábado, Domingo fui ver como ficaram as pernas... e levar a bike a passear, já que ela se portou bem no Sábado! A ideia era relaxar até ao Porto, mas.... apanhei uma 'boleia' no início (5km :-() e decidi cronometrar o tempo até à Ponte D Luís! Apesar do vento inconstante, cheguei à ponte com média 33 em 23km... as pernas responderam bem (a rolar)!!! 
Depois foram mais 52k pela marginal de Gaia, Canidelo, Avintes e regresso à Base... o vento foi a grande dificuldade do dia!


Até à próxima!

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